terça-feira, fevereiro 21, 2012

pinguinhos que não fazem mal a ninguém

Tá dando um chuvão lá fora agorinha. Tenho que escrever no bloco de notas porque minha mãe - como todas as outras - é neurótica e desligou a internet. Mas no meu notebook ela ainda não manda, então decidi escrever.
Oh, decidi escrever. Que piada. Sempre tem um textinho bonitinho na minha cabeça, mas e a preguiça? Só que agora, com essa chuva e sem absolutamente nada pra fazer além de chorar lendo meus livros do Nicholas Sparks, coloquei a preguiça de lado.
Fazia muito tempo que não chovia por aqui. Dava até dó de ver as plantinhas murchinhas e tristes. Por isso que fiquei feliz com essa chuva e resolvi dar uma olhada da janela do meu quarto. Nossa. Tá caprichada, hein! Sei lá, tenho mania de olhar pela janela e viajar.
E aí comecei a pensar e encaixar minha vida nessa chuva aí. (Não se assustem, tento encaixar minha vida em tudo, até quando jogo The Sims)
Mas é só você pensar aqui comigo que vai concordar com minha filosofia. (E se não concordar, finge que sim) Olha só se não é real: Você tá lá, naquela mesmice, naquele sol queimando e não tá nem aí se tá queimando demais, ou se tá incomodando os outros; você simplesmente continua lá olhando pra cima e esperando milagre.
Fica lá todo tranquilão e bingo! Acontece alguma coisa, alguma nuvem se move e te tira daquela beleza. Ai ai, as nuvens. Aquelas  pessoas que ficam te enchendo o saco e tentando cortar teu barato ou sua consciência mesmo, aquela chatinha, dizendo que é pra parar de vagabundagem e fazer algo que preste.
Só que, como todo mundo é teimoso pra caramba, você não vai ouvir, não vai se mexer e pode até dar uma garoinha pra dizer que tá se importando, mas é tudo uma blasfêmia.
Porque, na verdade, você não quer mudar a situação. Pode ser até melhor, mas e o medo? Há, o medo te priva de coisas que você nem imagina. Então você simplesmente ignora e continua vivendo sua vidinha.
Mas aí alguém começa a se irritar com você e te dá um sermão de conselhos e xingamentos pra ver se você acorda! E aí, meu bem, você fica nervosíssimo e faz acontecer aquela tempestade com árvores caindo, casas destelhadas e destruições. Vai vai que enche o saco, você cansa, grita provocando aqueles trovões que dão medo em todo mundo.
E depois de toda aquela confusão, você para. Para e pensa; “merda, por que fiz isso tudo? Por que me estressei tanto?” Então você se acalma, relaxa. Passou? Passou. Ufa. E aí você volta com a mesmice de sempre.

2 comentários:

  1. Talvez as pessoas devessem olhar a chuva com melhores olhos.
    Isso deixaria até os dias de sol mais valiosos.

    Eu concordo com você.
    A chuva está aí para mudar o cotidiano, para tentar ser uma coisa nova na rotina diária.

    Talvez refletimos mais com a ausência da luz solar e procuramos outras distrações. Muitas vezes descobrimos coisas ainda mais interessantes do que poderíamos imaginar num primeiro momento.

    E sim... a chuva passa e voltamos ao ponto da nossa própria vida. Mas existe transformação. E onde se transforma, o sol bate diferente.

    Saudades.

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  2. Às vezes é bom olhar pela janela, e não importa se tem sol, chuva ou nenhum dos dois, só para esquecer do mundo e se perder em pensamentos. Talvez seja necessária toda essa confusão de sentimentos, só para os dias calmos terem mais valor.

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