terça-feira, julho 27, 2010

Bem ao seu lado


Se eu olhar pro lado agora, verei uma janela.
Se eu olhar pra fora dessa janela, eu verei um muro.
O muro na concepçao de um pedreiro, é uma parede contruída para dividir terrenos.
Na minha concepção, é um obstáculo que vou enfrentar em alguma parte da minha vida. Ou que estou enfrentando agora.
Ele não é muito grande, dá até pra ver em parte o que tem do outro lado dele.
Então...
Olhe para fora da sua janela.
Olhe e veja: o que tem lá?
Não, não veja com o olhar cansado ou entediado, olhe direito. Fique atento aos detalhes e veja se dentro de você não está como a vista que você está vendo agora.
Talvez você nunca tenha visto para fora com atenção. É tão estranho. Porque são pequenos detalhes que sempre estiveram bem ao nosso lado.
E é assim que nossas atitudes refletem na versão dos outros. Todos nós deixamos nossas pegadas pelo mundo. Mas somente é visível para aqueles que sabem para onde olhar. E esses poucos, olham com o coração, não somente com os olhos.

"Nossas digitais ficam para sempre nas vidas em que tocamos"

sexta-feira, julho 23, 2010


"Quer namorar comigo?"

Uma simples pergunta. Um dia qualquer. Mas que mudaram minha vida.
Eu fiquei, inesperada e inexplicavelmente, com a garganta engasgada de emoção.
Depois desse dia, o mundo se tornou um lugar inacreditavelmente maravilhoso. Cada folha, cada galho, cada árvore representava de repente um pequeno milagre.
Uma criança brincando, um velho sentado em um banco alimentando as pombas, tudo a minha volta estava subitamente cheio de significados ocultos que eu jamais reconhecera antes.
O sol dava a impressão de estar sempre forte, mais quente e mais brilhante.
A distância pode doer. Ela pode corroer e se transformar em uma ferida praticamente incurável. Mas tudo isso se desfaz como que uma mágica quando estou com ele.
Podemos estar separados agora, mas tudo isso se torna insignificante para nós.
Me desculpe por ter roubado seu coração. É que eu preciso muito ter algo seu comigo. Porque eu sei que se ficar sozinha, não consigo ir em frente.
É isso que chamam de amor. E é assim que a vida deveria ser, sempre.

Quatro meses hoje. *-*

sábado, julho 10, 2010

Nunca vai embora


Quando a tarde estava desbotando no céu, dando lugar a pequenas pinceladas de escuridão, ela voltou para casa.
Girou com cautela a chave na fechadura um tanto enferrujada e entrou. Tirou o sapato de salto alto, largou a bolsa em um lugar qualquer e foi em direção ao seu quarto. Quando entrou, uma onda de saudade a invadiu.
Saudade da tarde maravilhosa que teve. Saudade de talvez esse dia ter sido o único feliz com ele.
Quando entrou no quarto vazio e arrumado, ela sentiu medo. Sim, medo. Um medo enorme de talvez não ter aproveitado o dia como deveria, de talvez não ter dito tudo que ela ensaiara dias antes e que simplesmente desapareceram quando ela o viu de longe.
Olhou para o papel de parede do celular: era uma foto deles dois. Depois disso, foi impossível não conter as lágrimas nos olhos. Foi tão impossível quanto como uma criança chora ao ver que seu desenho animado preferido não vai mais ao ar.
Ela sentou na beira da cama impecavelmente arrumada e respirou fundo. Lembrou-se de quando o viu e quis desaparecer no mesmo instante. De quando ele a beijou intensamente. Lembrou-se das gargalhadas, dos sorrisos tímidos, das promessas de amor, das piadas...
Lembrando de tudo isso, ela decidiu parar de chorar. Parar e só guardar na memória esses momentos perfeitos que teve com ele. Talvez guardando eles, isso nunca fosse embora e ela poderia sempre viver esse dia.
Abraçando o celular contra seu peito, ela dormiu feliz. Porque sabia que a lembrança do dia que viveu, nunca irá embora.

sexta-feira, julho 09, 2010

Agora, depois não dá

“Existe somente uma idade para a gente ser feliz, somente uma época na vida de cada pessoa em que é possível sonhar, fazer planos e ter energia bastante para realizá-las a despeito de todas as dificuldades e obstáculos.

Uma só idade para a gente se encantar com a vida e viver apaixonadamente, Desfrutar tudo com toda intensidade.Sem medo, nem culpa de sentir prazer.
Fase dourada em que a gente pode criar e recriar a vida,
a nossa própria imagem e semelhança e vestir-se com todas as cores, experimentar todos os sabores e entregar-se a todos os amores sem preconceito nem pudor.

Tempo de entusiasmo e coragem, em que todo o desafio é mais um convite à luta que a gente enfrenta com toda disposição de tentar algo NOVO, de NOVO e de NOVO, e quantas vezes for preciso.

Essa idade tão fugaz na vida da gente chama-se PRESENTE e tem a duração do instante que passa.”


Viva. É só isso que tenho à dizer-lhes hoje.

quinta-feira, julho 01, 2010

Frio como o inverno

Vento congelante.

Fim. Acabou como quando você termina uma deliciosa barra de chocolate. Nunca imaginei que isso aconteceria comigo.
O destino está rindo de nós agora. Ele brinca conosco como se fôssemos duas marionetes, imunes à dor ou a qualquer outro sentimento...

Frio interminável.

...Éramos tão próximos, tão unidos. Mas, como de costume, o destino resolveu interferir, nos separando por um tempo indeterminado. Ou até talvez para sempre...

Pingos de chuva escorrendo pela janela, como lágrimas.

 ...E quando me lembro de todos aqueles momentos inesquecíveis, me desfaço em lágrimas. Você pode tentar colocar uma pedra e ordenar seu cérebro à esquecer toda nossa história. Você pode até implorar. Saiba que de nada adiantará, pois o que houve entre nós, nada apaga. E é como a barra de chocolate, você ainda sente o gosto, mesmo tendo acabado. São lembranças que o tempo não pode mudar para satisfazer um capricho seu, desculpe.