
Luto contra a preguiça e vou em direção à janela.
Lá fora a neve cai sem cessar, dançando junto com o vento gelado. Por dentro, é como se eu estivesse naquela neve, com muito frio, insegurança e muito medo.
O telefona na escrivaninha ao lado da cama está silencioso.
Nenhuma ligação. Nada.
O café quente com biscoitos está da mesma forma que foi deixado à horas. Intocável.
Sem mais nenhuma esperança de ele dar algum sinal de vida no outro lado da linha, volto para minha cama desarrumada, porém, aconchegante.
Em uma tentantiva em vão de pegar no sono, lágrimas escorrem pelos meus olhos em um movimento involuntário.
Não, ele não virá, de novo.