Não quero. Não vou. Já disse que não.
Quem disse que meu silêncio é porque eu estou triste, chateada, pra baixo? Não é, poxa.
Quem disse que é pra ser sempre assim? Por que o silêncio não pode ser de reflexão, de pensamento positivo, ou, porque não, de felicidade?
Sabe, as pessoas, quer dizer, todo mundo tem o costume de generalizar as coisas e transformar em regra: o silêncio é sinônimo de que nada está bem e ponto.
Eu gosto das exceções. Das entrelinhas. Do ponto e vírgula. Porque é tudo meio termo e eu gosto. É estranho, mas não gosto muito de certezas, elas são... certas demais, assustadoras demais. Porque aquele friozinho na barriga da incerteza é uma sensação boa. É uma sensação de esperança.
Me deixa assim que estou bem, que me sinto viva, que fico satisfeita.
Como diz o sábio do Igor Cury: o silêncio é um texto fácil de ser lido errado.